Principais patógenos causadores de mastite
Marcos Veiga dos Santos D.Sc., professor da FMVZ/USP
Agentes causadores de mastite em rebanhos brasileirosLevantamentos de prevalência de patógenos causadores de mastite em rebanhos brasileiros são escassos e, quase sempre, são restritos a uma pequena população amostral. Recentemente, no entanto, foram publicados resultados de cultura microbiológica e padrões de sensibilidade in vitro obtidos em quatro estados: Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo (2).Foram coletadas amostras individuais de vacas com mastite subclínica e clínica, totalizando 2671 amostras. Deste total analisado, 2374 amostras apresentaram algum tipo de crescimento e 297 (11,1%) foram negativas. Foram avaliados ainda a sensibilidade in vitro aos seguintes antimicrobianos: penicilina-novibiocina, cefoperazone, oxacilina, amoxacilina, danofloxacina e ceftiofur.Tabela 1. Resultados de isolamento de cultura microbiológica de leite de vacas com mastite clínica e subclínica (Brasil).Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 1, pode concluir que os agentes mais prevalentes foram Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae. Em relação a sensibilidade in vitro, os resultados apontaram que em termos gerais, as maiores sensibilidades foram obtidas para danofloxacina (85,4%), ceftiofur (76,9%) e cefoperazone (72,2%). Quando se considerou somente o S. aureus, as maiores sensibilidades foram obtidas para o ceftiofur (85,6%) e cefoperazone (83,7%).Prevalência de patógenos causadores de mastite em rebanhos argentinosOs resultados deste estudo (3) foram referentes ao monitoramento de 21 rebanhos argentinos das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé, com média de 200 a 500 vacas em lactação e CCS média de 500.000 cel/ml. Todos os rebanhos eram livres de S. agalactiae. As amostras foram coletadas no período pós-parto (4-5 dias), durante a lactação (60-200 dias pós-parto) e dos casos de mastite clínica durante uma lactação.Os resultados da cultura microbiológica de amostras durante a lactação, de casos clínicos e de vacas recém-paridas estão apresentados na Tabela 2. Observa-se que o isolamento de S. aureus ocorreu em 30,5%, sendo o microrganismo mais frequentemente isolado durante a lactação. Das amostras de Streptococcus spp isoladas durante a lactação, a espécie S. uberis representou 34,3%. Em relação aos casos clínicos, o microrganismo mais isolado foi Streptococcus spp, com 39,1% do total de casos, enquanto para as vacas recém-paridas o principal agente isolado foi Staphylococcus spp, com 32%.Tabela 2. Resultados de isolamento de cultura microbiológica durante a lactação (n=1818), de casos clínicos (n=548) e de vacas recém-paridas (n=532) (Argentina).
Clique na imagem para ampliá-la.Ainda que os resultados destes três estudos não possam ser comparados, sem as devidas ressalvas relacionadas as diferenças de métodos de amostragem e das características dos rebanhos amostrados, os dados apresentados apontam para a grande importância do S. aureus como agente causador de mastite nos três países. Além disso, nota-se a crescente importância de patógenos ambientais, principalmente nos rebanhos que obtiveram sucesso no controle dos microrganismos ambientais.Fonte:(1) Lombard et al. NMC Annual Meeting Proceedings, p. 170-171, 2008; (2) Cruppe et al., NMC Annual Meeting Proceedings, p. 218-219, 2008; (3) Acuña et al., NMC Annual Meeting Proceedings, p. 208-209, 2008.
Agentes causadores de mastite em rebanhos brasileirosLevantamentos de prevalência de patógenos causadores de mastite em rebanhos brasileiros são escassos e, quase sempre, são restritos a uma pequena população amostral. Recentemente, no entanto, foram publicados resultados de cultura microbiológica e padrões de sensibilidade in vitro obtidos em quatro estados: Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo (2).Foram coletadas amostras individuais de vacas com mastite subclínica e clínica, totalizando 2671 amostras. Deste total analisado, 2374 amostras apresentaram algum tipo de crescimento e 297 (11,1%) foram negativas. Foram avaliados ainda a sensibilidade in vitro aos seguintes antimicrobianos: penicilina-novibiocina, cefoperazone, oxacilina, amoxacilina, danofloxacina e ceftiofur.Tabela 1. Resultados de isolamento de cultura microbiológica de leite de vacas com mastite clínica e subclínica (Brasil).Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 1, pode concluir que os agentes mais prevalentes foram Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae. Em relação a sensibilidade in vitro, os resultados apontaram que em termos gerais, as maiores sensibilidades foram obtidas para danofloxacina (85,4%), ceftiofur (76,9%) e cefoperazone (72,2%). Quando se considerou somente o S. aureus, as maiores sensibilidades foram obtidas para o ceftiofur (85,6%) e cefoperazone (83,7%).Prevalência de patógenos causadores de mastite em rebanhos argentinosOs resultados deste estudo (3) foram referentes ao monitoramento de 21 rebanhos argentinos das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé, com média de 200 a 500 vacas em lactação e CCS média de 500.000 cel/ml. Todos os rebanhos eram livres de S. agalactiae. As amostras foram coletadas no período pós-parto (4-5 dias), durante a lactação (60-200 dias pós-parto) e dos casos de mastite clínica durante uma lactação.Os resultados da cultura microbiológica de amostras durante a lactação, de casos clínicos e de vacas recém-paridas estão apresentados na Tabela 2. Observa-se que o isolamento de S. aureus ocorreu em 30,5%, sendo o microrganismo mais frequentemente isolado durante a lactação. Das amostras de Streptococcus spp isoladas durante a lactação, a espécie S. uberis representou 34,3%. Em relação aos casos clínicos, o microrganismo mais isolado foi Streptococcus spp, com 39,1% do total de casos, enquanto para as vacas recém-paridas o principal agente isolado foi Staphylococcus spp, com 32%.Tabela 2. Resultados de isolamento de cultura microbiológica durante a lactação (n=1818), de casos clínicos (n=548) e de vacas recém-paridas (n=532) (Argentina).
Clique na imagem para ampliá-la.Ainda que os resultados destes três estudos não possam ser comparados, sem as devidas ressalvas relacionadas as diferenças de métodos de amostragem e das características dos rebanhos amostrados, os dados apresentados apontam para a grande importância do S. aureus como agente causador de mastite nos três países. Além disso, nota-se a crescente importância de patógenos ambientais, principalmente nos rebanhos que obtiveram sucesso no controle dos microrganismos ambientais.Fonte:(1) Lombard et al. NMC Annual Meeting Proceedings, p. 170-171, 2008; (2) Cruppe et al., NMC Annual Meeting Proceedings, p. 218-219, 2008; (3) Acuña et al., NMC Annual Meeting Proceedings, p. 208-209, 2008.
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