20 de ago. de 2008


A importância da alimentação no desenvolvimento da glândula mamária de novilhas

A obtenção de novilhas de tamanho e idade adequada ao primeiro parto pode otimizar a produção de leite de maneira vantajosa. A obtenção dessas metas requer nutrição e manejo alimentar adequados.Em várias fazendas leiteiras o manejo de novilhas não é a atividade mais importante do dia-a-dia, o que resulta na negligência de nutrição, manejo alimentar e cuidados com instalações e saúde destas, resultando em aumento na idade ao primeiro parto e menor produção de leite durante a vida produtiva do animal, quando comparado às novilhas que foram alimentadas adequadamente. Por outro lado o crescimento acelerado de novilhas também reduz sua produção, podendo reduzir sua longevidade. Crescimento e desenvolvimento da glândula mamáriaOs objetivos da criação de novilhas são produzir animais de alta qualidade para a reposição de vacas e melhorar o mérito genético do rebanho. Para que isso ocorra de forma economicamente viável, produtores devem ter como meta a parição de novilhas o mais cedo possível, com tamanho corporal que maximize a produção de leite e minimize problemas de distocia (Heinrichs e Hargrove, 1987).O fato de animais em crescimento não serem animais produtivos, com um custo aproximado de US$1,25 à US$1,60 por dia (Cady e Smith, 1996), representando o segundo maior custo de uma fazenda leiteira, tem levado produtores a acelerar as taxas de ganho de peso de novilhas com o objetivo de se colocar o animal em produção o mais rápido possível. Segundo Cady e Smith (1996), o aumento na Idade ao Primeiro Parto (IPP) eleva o custo do rebanho de três formas: 1) aumentando os dias de criação até a primeira parição; 2) aumentando o número de novilhas na fazenda; e 3) diminuindo seu potencial de produção.Embora a redução da IPP, alcançada com maiores taxas de ganho, resulte em retorno econômico antecipado, uma avaliação em longo prazo pode revelar uma outra situação. Durante os últimos 15 anos, vários trabalhos indicaram que o nível de alimentação e especialmente o consumo de energia durante a fase pré-púbere, podem afetar de forma marcante o desenvolvimento da glândula mamária e, conseqüentemente a produção de leite futura de novilhas (Akers e Sejrsen, 1996). Mais recentemente, pesquisadores têm sugerido que a aplicação de maiores taxas de ganho de peso com o emprego de dietas de alta densidade energética não têm efeito prejudicial ao desenvolvimento da glândula mamária desde que o nível de proteína da dieta também seja alto (VandeHaar, 1997). Vários trabalhos demonstram problemas com relação ao desenvolvimento da glândula em novilhas com alta taxa de crescimento quando a relação proteína bruta (PB): energia metabolizável (EM) é menor que 65g/Mcal (Sejrsen et al., 1982; Harrison et al., 1983; Capuco et al., 1995; Radcliff et al., 1997). Revisão de LiteraturaA produção de leite de uma vaca é determinada principalmente pela habilidade de produção de sua glândula mamária e por sua capacidade em fornecer nutrientes para a mesma (VandeHaar, 1997). Essa habilidade de produção de leite é dependente, ou está diretamente ligada, ao número de células secretoras que se encontram no tecido parenquimal da glândula mamária, o que é determinado por fatores genéticos e do ambiente (onde se enquadra a nutrição animal). Segundo Akers et al. (1998), existe alta correlação (r=0,85) entre DNA total parenquimal e a produção de leite do animal. O desenvolvimento da glândula mamaria pode ser dividido em cinco fases principais, sendo elas: desenvolvimento fetal, pré-puberal, pós-puberal, gestacional e durante a lactação.


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